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Os leigos, construtores do Reino de Deus – 1 – Quem são os leigos?

Seria impossível manter as comunidades católicas sem o apostolado dos leigos.

OS LEIGOS, CONSTRUTORES DO REINO DE DEUS – 1 – QUEM SÃO OS LEIGOS?

Meus irmãos, se alguém diz que tem fé, mas não tem obras, de que adianta? Por acaso a fé poderá salvá-lo? (Tg 2,14)

QUEM SÃO OS LEIGOS?

“Sob o nome de leigos, entendem-se aqui todos os cristãos, exceto os membros das Sagradas Ordens ou do estado religioso reconhecido na Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e a seu modo feitos participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, exercem, em seu âmbito, a missão de todo o Povo cristão na Igreja e no mundo” (CIC 897).

“É específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus… A eles, portanto, cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, às quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor” (CIC 898).

Uma vez que, como todos os fiéis, através do batismo e da confirmação, são destinados por Deus ao apostolado, os leigos, individualmente ou reunidos em associações, têm obrigação geral e gozam do direito de trabalhar para que o anúncio divino da salvação seja conhecido e aceito por todos os homens, em todo o mundo; esta obrigação é tanto mais premente naquelas circunstâncias em que somente através deles os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer o Cristo (CDC 225 § 1).

Têm também o dever especial, cada um segundo a própria condição, de animar e aperfeiçoar com o espírito evangélico a ordem das realidades temporais, e assim dar testemunho de Cristo, especialmente na gestão dessas realidades e no exercício das atividades seculares (CDC 225 § 2).

DESAFIO AOS LEIGOS

Despertar no coração de todo leigo a belíssima vocação missionária, levando-o a refletir com sabedoria sobre a sua importante representatividade e a reconhecer, íntimo e pessoalmente, o seu ministério dentro do contexto comunitário eclesial, que deve ser enaltecido com o imenso Amor de Jesus Cristo em todas as ações pastorais desenvolvidas pela Igreja.

Conforme os desígnios de Deus (…), neste momento, em plena comunhão com a Santíssima Trindade, com a nossa Igreja, e o Papa Francisco, necessitamos de um novo clamor (um novo Pentecostes) dentro do coração de cada um, para que possamos vislumbrar e retribuir com muita alegria e esplendor a todas as graças recebidas do Alto, compartilhando-as fraternalmente com o próximo em grandes atos de caridade diante das missões pastorais, as quais representam a imagem do Nosso Salvador Jesus Cristo, a Pedra Angular que sustenta fielmente a construção do projeto de Deus para todo seu povo amado (cf.1 Pd 2,6-8).

A VOCAÇÃO DOS LEIGOS

Todos os leigos são vocacionados e estão envolvidos em todas as dimensões de trabalhos voluntários em nossas comunidades eclesiais: ministros da Eucaristia e da Palavra, equipe litúrgica, catequese, bem como em todas as pastorais e movimentos, desempenhando funções fundamentais para a comunhão missionária, que deve ser reconhecida e elevada com muitos louvores em todas as ações pastorais que atingem a vida do próximo (cf. Jo 13,12-17); mas, principalmente, reconhecendo-o como irmão em Jesus Cristo e verdadeiro templo do Espírito Santo.

Ao se entrar no povo de Deus pela fé e pelo Batismo, recebe-se participação na vocação única deste povo e em sua vocação sacerdotal: “Cristo Senhor, Pontífice tomado dentre os homens, fez do novo povo ‘um reino de sacerdotes para Deus Pai’”. Os batizados, pela regeneração e unção do Espírito Santo, são consagrados para ser uma morada espiritual e sacerdócio santo (CIC 784).

A participação dos leigos não está somente nas missões desenvolvidas dentro das comunidades eclesiais, pois muitos se lançam às Bem-Aventuranças fora da Igreja e, voluntariamente, dedicam boa parte da sua vida às ações de misericórdia e solidariedade em instituições de saúde, casas de assistência aos idosos e crianças, casas de recuperação de usuários de drogas e de álcool, e tantas outras belíssimas obras de promoção humana.

Felizes os que são misericordiosos, porque encontrarão misericórdia (Mt 5,7).

Focando mais precisamente em ações pastorais nas Igrejas particulares, imaginemos a quantidade de fiéis engajados em todas as comunidades do universo cristão. São milhares de leigos envolvidos na estrutura eclesial, que, juntamente, com o clero (bispos, presbíteros e diáconos), ajudam na missão evangelizadora como membros integrantes, muito ativos, e anunciadores do Corpo de Jesus Cristo, o qual, divina e misticamente, é a Cabeça da nossa Igreja (cf. CIC 669). Hoje, seria impossível mantermos as estruturas de atuação das nossas comunidades sem o apostolado dos leigos.

Uma vez que, como todos os fiéis, os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito (CIC 900).

Por Orlando Polidoro Junior
Via Aleteia

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