Sacramentos são canais da graça de Deus, pois nos trazem a salvação que Jesus conquistou para nós com os méritos de Sua Paixão, Morte na cruz e Ressurreição.
A Igreja é o grande sacramento da salvação que Jesus instituiu para ministrar (distribuir) os sete sacramentos. Ela é o Corpo de Cristo (1 Cor 12,28), a Arca de Noé que nos abriga do dilúvio do pecado. Os sete sacramentos foram todos instituídos por Jesus para salvar o homem.
Cada sacramento é um sinal eficaz (água no batismo, óleo no Crisma etc.), que transmite a graça de Deus. Ele não depende do ministro (depende só de Cristo), mas os seus frutos dependem da disposição (preparação) com que a pessoa o recebe.
O batismo
Foi Jesus quem mandou a Igreja batizar (Mt 28,18-20 ; Mc 16,15-17).
O batismo faz a pessoa participar da Morte e Ressurreição de Jesus (Rom 6,3ss). Aplica-se, naquele momento, o poder da morte de Jesus à criança. Ela morre misticamente para o pecado, para o mundo e para satanás, e renasce para a vida em Deus (2 Cor 5,17). Jesus resgata a pessoa, no batismo, pelo Seu sangue e Sua morte (cf. 1 Pe 1,18-19).
O batismo faz do batizado um filho de Deus, membro de Jesus Cristo (1 Jo 15,5ss), herdeiro do céu. O batismo apaga o pecado original e os pessoais.
. Ninguém pode receber os outros sacramentos sem ser batizado;
. Ninguém pode ser batizado mais de uma vez;
. Em caso de morte, qualquer pessoa pode batizar.
Crisma ou confirmação
É o sacramento que confirma e complementa o batismo, que traz o Espírito Santo à pessoa pela imposição das mãos do bispo, como faziam os apóstolos (At 8,14-17). A pessoa é renovada no Espírito Santo, para seguir Jesus e testemunhá-Lo com poder (At 1,8), e santificar-se pelos seus frutos (Gal 5,22), dons infusos (sabedoria, ciência, entendimento, conselho, fortaleza, piedade e temor de Deus (Is 11)) e carismas (1 Cor 12,4ss).
Eucaristia
É o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus presente no pão, para ser nosso remédio contra o pecado e alimento para a alma.
Jesus disse: “Isto é o meu corpo, o meu sangue” (Lc 22,19ss ; Mt 26,17-28 ; Mc 14,12-24)
Falar da Missa é a celebração do mistério da redenção (salvação). A Missa atualiza, torna presente o mesmo sacrifício de Jesus no calvário e o prolonga na história. Celebrar a Missa é participar de maneira incruenta (sem sangue nem dor) do mesmo sacrifício de Jesus. É a imolação do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo e enfatiza a sua importância para a vida espiritual.
Penitência ou confissão
É o sacramento do perdão e da cura da ferida do pecado. Foi o primeiro sacramento que, no mesmo dia após a Sua Ressurreição, Jesus instituiu. Veja (Jo 20,19-23) e acentue o versículo 23. A necessidade de confessar-se com o padre acontece quando há pecado grave. Fale sobre o pecado, algo que cometeu contra a lei de Deus (os 10 mandamentos etc.). Para haver pecado é preciso saber, querer e fazer o mal.
A confissão com o padre nos dá uma salutar humilhação e nos orienta na vida espiritual. Ele perdoa pela autoridade de Jesus, que pagou o preço do pecado com o Seu Sangue.
Para uma boa confissão é preciso preparação: exame de consciência, arrependimento dos pecados, propósito de não pecar, confissão com o padre e cumprimento da penitência.
É necessário confessar-se com humildade e sinceridade (não esconder nada do confessor).
Matrimônio
É o sacramento para que o casal tenha a graça de Deus para cuidar bem da sua vida conjugal e familiar. É a graça para o casal crescer mutuamente e criar os filhos na fé de Deus, vencendo todas as dificuldades. (Veja Mt 19,3ss ; Gen 1,28 ; Gen 2,24)
Ordem
É o sacramento do sacerdote. Foi instituído por Jesus quando disse aos apóstolos: “Fazei isto em minha memória”, na Santa Ceia. A ordem faz do sacerdote um outro Jesus a continuar, na Terra, a Sua missão de salvação; por isso, é ele quem ministra os sacramentos com a autoridade da Igreja.
Unção dos enfermos
Sacramento para os enfermos graves. Explorar (Tg 5,13-16). A unção é para curar o enfermo, não para o matar. Prepara-o para a morte, se essa for a vontade de Deus. Perdoa todos os seus pecados, conforta-o espiritualmente.
Por Felipe Aquino, via Canção Nova