Na Audiência Geral desta quarta-feira, 25, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco declarou a respeito dos diáconos: “O diácono não é um sacerdote de segunda classe”.
E acrescentou a propósito da missão dos diáconos desde os primórdios da Igreja:
“O diácono não é para o altar, é para o serviço. Ele é o guardião do serviço na Igreja. Quando um diácono gosta muito de ir para o altar, ele está errado. Este não é o caminho dele”.
Falando sobre desafios e problemas enfrentados pelas primeiras comunidades cristãs, como as grandes diferenças que coexistiam no seu seio, o Papa observou:
“Os problemas sempre existiram, desde o início, como o de harmonizar as diferenças que existem dentro da comunidade cristã sem que aconteçam divisões. A comunidade não acolhia só os judeus, mas também os gregos, ou seja, pessoas provenientes da diáspora, não judeus, com as suas culturas e sensibilidades. Também pessoas de outra religião. Nós, hoje, dizemos ‘pagãos’. Eles eram acolhidos”.
Um dos desafios destacados por Francisco nesse processo era a fofoca.
“Diante das dificuldades, brota o ‘joio’. E qual é o joio que destrói a comunidade? O joio da murmuração, o joio da fofoca. Os gregos murmuram por causa da falta de atenção da comunidade para com as viúvas. Eles encontram uma saída ao dividirem as tarefas em prol de um crescimento sereno de todo o corpo eclesial e para não descuidarem a ‘corrida’ do Evangelho e a atenção aos membros mais pobres”.
Aqui entram os diáconos, que foram instituídos pelos Apóstolos para ajudarem no serviço à comunidade, enquanto eles próprios focavam no seu chamado a pregar a Palavra de Deus até o martírio se fosse preciso (e foi).
Os primeiros diáconos foram “sete homens de boa fama, repletos do Espírito Santo e de sabedoria”, recordou Francisco, acrescentando:
“Depois de receberem a imposição das mãos, eles se encarregam de servir às mesas. Os diáconos são criados para isso. Essa harmonia entre o serviço à Palavra e o serviço à caridade é um fermento que faz crescer o corpo eclesial”.
Via Aleteia