O Santo Padre nomeou o missionário dos Oblatos de Maria Imaculada como novo secretário pró-tempore da Comissão Pontifícia: a prioridade – afirma o religioso – é ouvir as pessoas afetadas pelos abusos e criar novos caminhos que ampliem o conceito de proteção na comunidade eclesial.
O Santo Padre nomeou secretário pro tempore da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores o rev. Pe. Andrew Small, O.M.I., ex-diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias nos Estados Unidos da América, que concedeu uma entrevista ao colega do programa de língua alemã, Mario Galgano.
O que significa para o senhor a nomeação do Papa Francisco como secretário da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores?
Além de ser uma grande honra pessoal, há uma clara indicação de que a Comissão está entrando em uma nova fase, chamada pelo Santo Padre a definir a importância de salvaguardar ainda mais plenamente toda a rede da Igreja, incluindo o importante papel desempenhado pela Cúria Romana.
Quais são suas expectativas e seu compromisso com esse novo encargo tão delicado e importante?
Minha primeira prioridade é conhecer os membros da Pontifícia Comissão, que estão fazendo um trabalho extraordinário, embora sejam todos voluntários (a maioria são leigos com alto nível de formação). Quero assumir minha função na escuta daqueles cujas vidas foram atingidas e, em muitos casos, cruelmente destruídas devido a abusos sexuais. Ouvir é importante e saber quais são os próximos passos a serem dados pela própria Comissão e, naturalmente, ouvir os sobreviventes. Também penso que é necessário abrir novos caminhos para comprometer-se com a Igreja em tais questões, de modo que possam sentir que as estruturas de responsabilidade são acessíveis, são transparentes e que todas essas medidas podem ser avaliadas (melhor de forma independente) para garantir com uma certeza objetiva que estamos criando uma Igreja onde os vulneráveis ??são mais bem protegidos na prática e não apenas na teoria.
Após o encontro sobre a proteção de menores, o Papa Francisco fortaleceu a proteção de menores. Na sua opinião, em que ponto do caminho estamos? O que ainda precisa ser feito?
Penso que qualquer processo de implementação deve levar em consideração o que funciona e o que deve ser melhorado. Mais uma vez, a Comissão deve ser protagonista neste sentido. Como já vimos, é necessário expandir o conceito de proteção na Igreja para incluir as pessoas vulneráveis. Eu também diria que há uma crescente prioridade sobre a necessidade de responsabilizar os líderes da Igreja.
FONTE: VATICAN NEWS